Florianópolis (1º/07/2013)
– Santa Catarina registrou um aumento no número de homicídios dolosos -
aqueles com intenção de matar - neste primeiro semestre de 2013 em
comparativo com o mesmo período do ano passado. Em todo o Estado, o
índice cresceu 2,17%, passando de 368 casos para 376, oito a mais em
números absolutos.
Já o número de latrocínios (roubos
seguidos de morte) registrou queda de 30%. Foram 26 casos este ano
contra 37 no mesmo período de 2012. O índice de resolução também
alcançou taxas significativas - 61,54%. Dos 26 latrocínios, 16 estão esclarecidos com a prisão dos autores.
Os dados constam do boletim diário de
homicídios, organizado pelo Núcleo de Geoprocessamento e Estatística,
da Diretoria de Informação e Inteligência (DINI), da Secretaria de
Estado da Segurança Pública (SSP). A taxa de homicídios ficou em 6,02
mortes por grupo de 100 mil habitantes. A Organização das Nações Unidas
(ONU) considera como aceitável, no máximo, 10 homicídios/100 mil
habitantes. CLIQUE AQUI PARA VER RELATÓRIO DE HOMICÍDIOS
Houve registro de assassinatos em 108
dos 295 municípios de Santa Catarina. Outras 187 cidades não registraram
homicídios dolosos e em 59 delas ocorreu apenas um assassinato.
Entre as cidades que registraram os
maiores índices de redução, no comparativo entre 2012 e 2013, estão
Florianópolis, Criciúma, Palhoça, Itapema, Jaraguá do Sul, Tubarão,
Joinville, Camboriú, Gaspar e Içara.
Para o secretário César Augusto Grubba, o aumento acontece após dois anos seguidos de redução. Ele entende que muitos
dos casos os homicídios dolosos têm motivos emocionais, brigas
passionais ou pessoas envolvidas na criminalidade - que se desentendem e
acabam cometendo o crime. Por isso, diz, a Polícia Civil trabalha no
sentido de tentar esclarecer o maior número possível de ocorrências.
Este ano, foram esclarecidos mais de 65,16% dos homicídios ocorridos no
Estado.
Segundo o secretário, neste primeiro
semestre foram atendidos 11 homicídios com motivação passional a mais do
que o mesmo período de 2012.
Ainda na opinião do secretário fatores
como a forte migração que ocorre neste momento em Santa Catarina, em
função de sua qualidade de vida, e o envolvimento com drogas também
contribui para este aumento. “O número de homicídios em Santa Catarina,
nos últimos cinco anos, vem se mantendo estável, na faixa dos 750
assassinatos por ano, sendo a média mensal de sessenta e três (63)
casos. Nos últimos três anos ocorreram poucas oscilações acima da média
mensal”, argumenta César Augusto Grubba.
Por outro lado, o secretário lembra que
até abril mais de 13 mil pessoas, em todo o Estado, foram presas pela
Polícia Militar e conduzidas às delegacias de polícia. Deste total mais
de 7 mil foram autuadas em flagrante pela Polícia Civil “As forças de
segurança trabalham no seu limite, e mesmo diante de algumas
diversidades, obtém resultados positivos”, afirma Grubba.
Maioria dos envolvidos em homicídio tem antecedentes policiais
- Na análise regional o Vale e o Norte do Estado tiveram os maiores
índices de homicídio doloso. Foram 105 assassinatos na região do Vale e
80 no Norte. A região da Grande Florianópolis contabiliza 59 casos; 52
no Sul e 57 no Oeste. Dos 376 assassinatos, 85,82% das vítimas são
homens e 14,18% mulheres.
Já o percentual de vítima e autor de crimes violentos com antecedentes policiais é alto. No caso de vítima, este número chega a 64,10% com registros anteriores na polícia. Já com relação aos autores de homicídio, 77,81%
possuem antecedentes criminais. Os assassinatos acontecem com mais
relevância no período compreendido entre 18 horas e meia-noite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário