Florianópolis (25.08.2015) - Para fortalecer a prevenção e
o enfrentamento às drogas, o Governo de Santa Catarina apresentou nesta
terça-feira, 25, no Teatro Pedro Ivo, em Florianópolis, a
campanha "Drogas. Não dá mais para aceitar". Trata-se de um
conjunto de ações multissetoriais a fim de sensibilizar a sociedade para a
repercussão que o uso de drogas causa não apenas na vida do usuário, mas em
todo o núcleo social em que ele está inserido.
“Todos conhecemos os danos que as drogas causam na
vida das pessoas, destrói famílias, prejudica, escraviza... Há necessidade de
uma reação forte da sociedade e, aqui, em Santa Catarina muitos fazem um
trabalho extraordinário, que serve como apoio para muitas pessoas, no entanto
precisamos avançar. Temos que agir na conscientização da sociedade, mostrar as
consequências e o sofrimento que as drogas vão causar. Vamos em frente, unir e
somar forças, trabalhar em conjunto para fazer um excelente trabalho na
proteção de todos os catarinenses”, afirmou o governador.
O vice-governador Eduardo Pinho Moreira ressaltou
que Santa Catarina apresenta indicadores importantes em todos os setores e, com
a adesão e mobilização de toda sociedade, o Estado também busca mostrar um
exemplo de sucesso no combate às drogas. “Temos instrumentos que permitem
enfrentar esse problema que acaba com as famílias e com a vida. Tenho certeza
que mais uma vez vamos dar bom exemplo para o país”, disse Pinho Moreira.
Comparecerem ao evento em torno de 650 pessoas e
foram distribuídas 620 camisetas da campanha.
TJ, MP, Alesc e Imprensa apóiam a campanha
Representantes do Ministério Público, Tribunal de
Justiça, Imprensa e Assembleia Legislativa estiveram presentes no evento e
reforçam a campanha de combate às drogas. “É uma integração importante. Não é
uma ação isolada. Ela é de todos nós. Temos que combater juntos os problemas
das drogas”, disse o governador Raimundo Colombo.
“Temos no Brasil, com as drogas, uma epidemia, que
não atinge apenas as classes mais pobres, ela permeia toda nossa sociedade, com
o mesmo efeito devastador das famílias. Por isso, a Assembleia Legislativa será
parceira não apenas desta campanha, mas de todas as ações que contribuam para o
bem-estar da população”, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa, Gelson
Merisio.
Para o procurador-geral de Justiça do Estado de
Santa Catarina, Sandro José Neis, o lançamento da campanha busca a
conscientização coletiva que mexe com a reflexão e paradigmas. “É um dia
especial e importante. A questão das drogas é muito grave. O Poder Judiciário,
por meio do Tribunal de Justiça, abraça essa ideia de prevenção e não poderia
deixar de apoiar uma campanha tão importante. As drogas são um problema que
integram praticamente todas as sociedades contemporâneas. O resultado negativo
decorrente disso é de ordem social e econômica, por gerar uma desestrutura da
família e da sociedade”, salientou o coordenador do Núcleo de Comunicação
Institucional do Tribunal de Justiça, desembargador Ricardo José Roesler.
A droga
ultrapassou o limite de ser um problema de saúde pública ou de polícia
“Se eu tivesse que fazer uma definição
curta e simples do problema, diria que as drogas são o mal do século”, afirmou
o secretário de Estado da Segurança Pública, Cesar Grubba. Para ele, a partir
do exemplo de Santa Catarina, outros estados do país deveriam trabalhar em
campanhas de prevenção e combate às drogas.
A droga ultrapassou o limite de ser um problema
de saúde pública ou de polícia. Hoje, ela atinge diretamente o dia a dia do
cidadão e está adoecendo a sociedade de maneira geral. Temos o auto abandono
causado pelo crack, as patologias decorrentes do uso de entorpecentes em
pessoas com predisposição, o esfacelamento do núcleo familiar, o aumento da
violência doméstica e nas ruas, entre tantos outras consequências.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da
Segurança Pública, a cada dez casos de violência registrados em Santa Catarina,
sete estão relacionados a drogas ilícitas. Isso impacta diretamente a
população. Em outros setores, não é diferente. Entre a população carcerária,
por exemplo, 42,1% dos presos são por tráfico. O índice é maior que o de roubo
(16,9%), furto qualificado (13,2%), homicídio (12,6%), furto simples (9,6%) e
latrocínio (4%).
Nos índices de homicídio, 65% das vítimas e/ou
autores possuem antecedentes criminais e em quase a totalidade desses casos o
histórico tem a ver com o tráfico ou uso de drogas. Estima-se que entre 60% e
70% de todas as ocorrências de homicídios tenham correlação direta (tráfico) ou
indireta (desavença) com situações envolvendo drogas.
“A droga é uma tragédia na vida das pessoas. O
Estado está enfrentando com coragem esse tema que aflige o mundo inteiro. É uma
ação que será conduzida de forma intersetorial, envolvendo, especialmente as
áreas de Segurança, Assistência, Saúde e Educação, mas que também depende do
apoio da sociedade. Juntos e com eficiência, poderemos vencer esse drama”,
afirmou a secretária de Estado de Assistência Social, Trabalho e Habitação,
Angela Albino.
A Secretaria da Justiça e Cidadania faz a sua
parte na busca pela ressocialização dos presos por meio do trabalho. Hoje,
existem mais 200 empresas conveniadas que instalaram oficinas de trabalho nas
49 unidades prisionais do Estado. Nelas, os presos trabalham em atividades que
exigem mão de obra qualificada, recebem um salário mínimo por mês, têm redução
da pena e conseguem ajudar financeiramente suas famílias no período de
reclusão. “O mais importante é que eles saem da prisão capacitados para buscar
um emprego e seguir a vida”, destacou a secretária Ada de Luca.
Um questionário aplicado pela Secretaria de
Estado da Educação, em 2010, em 1,3 mil unidades escolares da rede estadual,
sobre o uso de drogas ilícitas apontou que 9,27% dos participantes já fez uso
de maconha; 2,30% de crack; 1,77% de cocaína; 1,29% de inalantes; e 1,12% de
ecstasy. Quanto ao perfil dos usuários, 13,86% eram do ensino médio; 6,83%
alunos das séries finais do ensino fundamental; 1,26% das séries iniciais do
ensino fundamental; 2,41% funcionários da parte administrativa e 2,22% eram
professores.
A mobilização também alerta para a importância da
construção de políticas públicas que, além de tratamento adequado aos
dependentes, afastem crianças, jovens, famílias do primeiro contato com os
entorpecentes.
“A droga é uma tragédia na vida das pessoas. O
Estado está enfrentando com coragem esse tema que aflige o mundo inteiro. É uma
ação que será conduzida de forma intersetorial, envolvendo, especialmente as
áreas de Segurança, Assistência, Saúde e Educação, mas que também depende do
apoio da sociedade. Juntos e com eficiência, poderemos vencer esse drama”,
afirmou a secretária de Estado de Assistência Social, Trabalho e Habitação, Angela
Albino.
A Secretaria da Justiça e Cidadania faz a sua
parte na busca pela ressocialização dos presos por meio do trabalho. Hoje,
existem mais 200 empresas conveniadas que instalaram oficinas de trabalho nas
49 unidades prisionais do Estado. Nelas, os presos trabalham em atividades que
exigem mão de obra qualificada, recebem um salário mínimo por mês, têm redução
da pena e conseguem ajudar financeiramente suas famílias no período de
reclusão. “O mais importante é que eles saem da prisão capacitados para buscar
um emprego e seguir a vida”, destacou a secretária Ada de Luca.
Um questionário aplicado pela Secretaria de
Estado da Educação, em 2010, em 1,3 mil unidades escolares da rede estadual,
sobre o uso de drogas ilícitas apontou que 9,27% dos participantes já fez uso
de maconha; 2,30% de crack; 1,77% de cocaína; 1,29% de inalantes; e 1,12% de
ecstasy. Quanto ao perfil dos usuários, 13,86% eram do ensino médio; 6,83%
alunos das séries finais do ensino fundamental; 1,26% das séries iniciais do
ensino fundamental; 2,41% funcionários da parte administrativa e 2,22% eram
professores.
A mobilização também alerta para a importância da
construção de políticas públicas que, além de tratamento adequado aos
dependentes, afastem crianças, jovens, famílias do primeiro contato com os
entorpecentes.