Florianópolis (23.11.2012) -
A Direção da Polícia Civil recebeu na tarde desta quinta-feira (22),
diretores do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) para tratar de
questões como disponibilização de coletes balísticos para todos os
Policiais Civis, blindagem dos vidros das unidades policiais, a
aquisição de armas longas e a escala de plantão, de forma a não
trabalhar sozinho. O encontro aconteceu no gabinete do Delegado Geral
Aldo Pinheiro D'Ávila.
Durante a reunião, D'Ávila disse que
também está atento e preocupado com a questão da segurança e saúde do
policial civil. “Todas os pontos levantados pelo Sinpol são justos e
importantes, mas por questões de ordem orçamentária tivemos que definir
prioridades”, explicou o Delegado Geral. Dentre elas destacou a
aquisição de coletes balísticos, viaturas e armas e a colocação de
vidros blindados em alguns edificações policiais.
Sobre coletes, afirmou que no último
ano foram comprados 2 mil coletes balísticos, que estão sendo
distribuídos, e o objetivo é que no primeiro semestre de 2013 seja
lançada uma nova licitação para a compra de mais coletes para todos os
3.507 policiais tenham o seu próprio equipamento.
Com relação às blindagem dos vidros
nas delegacias, D’Ávila concorda que é uma questão que deve ser avaliada
e considerada, mas disse que neste momento, não tem condições de
atender o pedido. “Seria ótimo termos condições de fazermos esta
blindagem, mas é economicamente inviável e tenho que fazer uma gestão
eletiva. Os coletes, neste momento, são mais importantes, por exemplo”,
ratifica o Delegado Geral. Uma das sugestões propostas é preparar um
estudo para ver a possibilidade de utilizar vidros blindados nos
próximos prédios que forem construídos pelo Estado para abrigar unidades
policiais. O Delegado Geral confirmou para início de 2013 a compra de
100 fuzis. A licitação deve ser lançada ainda no primeiro trimestre.
D’Ávila destacou que este ano a
Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) firmou convênio com o
Ministério da Justiça, através do programa Estratégia Nacional de
Fronteiras , o Enafron, que estabelece uma verba de R$ 13 milhões para a
Polícia Civil de que atua na faixa de fronteira. “Nesta faixa, por
enquanto, não precisamos nos preocupar, pois já temos garantido
recursos. Agora, vamos focar nas cidades que não tiveram essa verba”,
disse.
Santa Catarina possui 246 quilômetros
de fronteira com a Argentina, com 82 municípios localizados na faixa de
fronteira, sendo que 10 cidades em linha de fronteira. Sua população
fixa está na faixa de fronteira chega a 828 mil habitantes.
Quanto à escala de plantão o
presidente do Sinpol, Pedro Cardoso, entende que a melhor é a que
estabelece uma plantão de 12h/24h e 12h/48h de segunda-feira à
sexta-feira. E das sextas aos domingos, uma escala separada, desde que
se respeite as 24h de trabalho e não ultrapasse as 48h de afastamento.
“Essa escala preservaria a saúde do Policial Civil e garantiria a
qualidade do serviço”, explicou Cardoso.
D’Ávila, no entanto, explica que a
escala está normatizada (não pode ultrapassar 24h de trabalho), mas que
fica a cargo dos Delegados gestores de suas unidades, que conhecem a
realidade de trabalho e de pessoal, estabelecer a melhor escala.
“Trabalhamos hoje com 56% do efetivo, o Delegado local vai agir com bom
senso, mas nem sempre consegue fazer a melhor opção de escala, pois não
tem pessoal para isso”.
Ao final do encontro o Delegado Geral
agradeceu a colaboração do Sinpol e disse que a entidade tem cumprido
um papel importante no trabalho de resgate da imagem da Polícia Civil.
D'Ávila reforçou que o bom atendimento na ponta, nas delegacias, é
fundamental na melhora da imagem da Instituição junto à sociedade.
“Temos que oferecer um bom atendimento, além do cumprimento do nosso
dever atribuído. Uma Instituição bem vista, tem moral para fazer suas
suas reivindicações”, concluiu. .
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