sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Santa Catarina registra queda de homicídios dolosos no comparativo entre 2011 com 2010


Florianópolis (23/12/2011) - O número de homicídios dolosos em Santa Catarina caiu 2,08% no comparativo entre 1º de janeiro a 23 de dezembro e o mesmo período de 2010. . Este ano foram atendidos a 848 assassinatos no Estado contra 866 no ano passado.

A taxa de homicídios por grupo de 100 mil habitantes é de 13,57%. Já o índice de resolução dos crimes chega a 60,61% com destaque para a Capital, onde esse número alcança 81,32% de esclarecimento. Dos 91 homicídios registrados pela Delegacia Especializada da Capital, 74 foram esclarecidos com a prisão dos autores, os demais continuam em investigação.

De acordo com os números divulgados, os autores dos crimes são, de forma exponencial, do sexo masculino, com idade entre 18 e 24 anos, e apresentam antecedentes criminais. Já as vítimas apresentam perfil semelhante a este – homens, com idade entre 18 e 24 anos com antecedentes. Ainda segundo o documento, o crime de homicídio em Santa Catarina é cometido, expressivamente, por arma de fogo, tendo como motivação a desavença e o tráfico de drogas, além de acontecerem, em sua maioria, em via pública e de forma secundária na residência da vítima.

Para o secretário da Segurança Pública, promotor de Justiça César Augusto Grubba, os registros de homicídios, como em regra os crimes com violência contra a pessoa, têm apresentado aumento estatístico em todo o Brasil. “Ao compararmos com os números de uma década atrás, este crescimento é ainda mais significativo, inclusive em Santa Catarina, embora em nosso Estado com um impacto bem menor”, analisa.

O Mapa da Violência 2012, estudo feito pelo Instituto Zangari e recentemente divulgado, coloca Santa Catarina na 27ª posição do ranking nacional com a menor taxa de homicídios no país por grupo de 100 mil habitantes. Enquanto Alagoas registrou em 2010 uma taxa de 66,8% mortos por 100 mil, Santa Catarina teve 12,9%. “Isto significa que estamos no caminho certo com nossas políticas de segurança pública, pois estamos concentrando os esforços de nossas polícias para a estabilização destes números e depois a redução gradual a patamares de normalidade”, assinala Grubba.

Os estudos e análises sobre homicídios em Santa Catarina confirmam que a maior parte dos homicídios envolvem indivíduos com antecedentes criminais, seja na condição de suspeito, autor ou vítima. “O fenômeno da reincidência delitiva é fator preponderante para o aumento dos crimes de homicídios”, esclarece o secretário. Em paralelo correm outros fatores igualmente relevantes, tais como o uso e o tráfico de entorpecentes, sobretudo em decorrência da expansão desenfreada do consumo de crack. Há outros fatores que contribuem para essa reincidência como, por exemplo, desagregação familiar, crescimento urbano desordenado, favelização, aumento populacional, baixa escolaridade, déficit habitacional.

Segundo Grubba, em 2011 as forças de segurança atuaram fortemente sobre áreas de risco e exerceram papel fiscalizador determinante no combate aos crimes de tráfico e de porte de armas. “Fizemos mais de 11 mil prisões em flagrante em todo o Estado e foram apreendidas até a presente data pouco mais de 2 mil armas. Empreendemos algumas operações especiais, focadas em crime organizado, por intermédio de forças-tarefas da secretaria da Segurança Pública, e que apresentaram excelentes resultados, com prisão e destituição de quadrilhas envolvidas com roubos a banco, roubos a residência, explosão de caixas eletrônicos, tráfico de drogas e homicídios. Estas ações tem feito alguma diferença no nosso programa de redução de danos em taxa de homicídios”, concluiu o secretário

Fpolis, 23/12/2011
AI – SSP Assessoria de Imprensa/SSP


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