Florianópolis (27.07.2015)
- Santa Catarina recebeu, neste sábado, 25, equipamentos eletrônicos
para intensificar as investigações no estado, principalmente na área de
fronteira. A entrega foi feita pelo ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, ao governador Raimundo Colombo na Diretoria Estadual de
Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis.
Após
ser apresentado ao projeto PMSC Mobile, aplicativo desenvolvido pela
Polícia Militar, o ministro anunciou uma nova parceria com SC, na qual o
governo federal vai comprar os equipamentos de tecnologia para os
policiais catarinenses e, em troca, o Estado fornecerá o sistema para o
país. Também esteve presente a secretária Nacional de Segurança Pública,
Regina Miki.
O
PMSC Mobile busca aperfeiçoar o policiamento motorizado em viaturas
equipadas com o kit de tecnologia móvel e embarcada. Cada unidade é
composta por um tablet e uma impressora térmica portátil, adaptados ao
veículo. Desde o dia 2 de março, o projeto piloto sendo desenvolvido em
Balneário Camboriú.
Conforme
o ministro, o governo federal tem todas as condições de utilizar o
sistema de Santa Catarina e levá-lo para o Brasil acoplado ao que é
desenvolvido atualmente, pois se o ministério fosse desenvolver esse
trabalho, o custo seria muito maior.
“Queremos
rapidamente implementar em todo o Estado e transformar SC em uma
vitrine, de tal forma que os demais estados brasileiros que queiram
aderir possam integrar-se facilmente ao sistema de segurança pública. Ao
conseguirmos isso, estaremos fazendo um dos maiores avanços na área,
porque permitir segurança de dados, atividades que facilitem o diálogo e
interação entre policiais é de fundamental importância. Santa Catarina é
uma referência para o país e precisamos copiar ideias que deram certo”,
informou o ministro.
“Nosso
Estado está avançando muito. A tecnologia empregada no aplicativo,
entre outros benefícios, otimiza tempo, capital humano e adianta a
disponibilidade da informação para análise criminal. Além de facilitar e
agilizar a lavratura de boletins e o registro de ocorrências, traz
eficácia na prestação de serviço à comunidade”, disse o governador.
Equipamentos entregues em SC
Os
recursos aplicados na compra dos equipamentos para intensificar as
investigações chegam a R$ 2,1 milhões por meio de convênio com a
Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), no programa da
Estratégia Nacional de Fronteiras (Enafron). Essa é a primeira parcela.
Ao todo, serão investidos R$ 13 milhões em aparelhos.
Os
equipamentos são para ampliação e modernização da plataforma
tecnológica de interceptação de sinais denominada “Guardião”. Com a nova
configuração gerada pela ampliação dos equipamentos, será
disponibilizado um serviço maior e mais eficiente de canais para uso
exclusivo da inteligência e da polícia civil das unidades de fronteiras
de Santa Catarina. O equipamentos ficarão na sede da Deic, em
Florianópolis, mas atenderão todo o Estado.
“É
uma grande conquista para Santa Catarina receber esses equipamentos de
inteligência para aperfeiçoar e ampliar ainda mais as investigações da
Polícia Civil”, destacou o governador.
“Os
equipamentos ajudarão a combater todas as organizações que trazem
violência e criminalidade ao Estado e ao país”, explicou o ministro.
O
delegado de polícia e subdiretor da Deic, Adriano Krul Bini, informou
que a delegacia trabalha em todo Estado, principalmente nas questões da
macro criminalidade e organizações criminosas. Trabalham ainda no
suporte no apoio operacional e de inteligência para as 30 delegacias
regionais catarinenses por meio das divisões de investigações criminais e
dos núcleos de inteligência.
“Os
equipamentos recebidos fortalecem a nossa área de atuação e darão
suporte para que possamos atender toda polícia civil no nosso estado.
Com isso, haverá uma repressão mais qualificada nas investigações”,
salientou o delegado.
A
região da faixa de fronteira em Santa Catarina abrange 85 municípios
catarinenses distantes até 150 quilômetros da linha divisória com a
Argentina. Na área de 21.002 quilômetros quadrados vivem 828.368
habitantes, o que corresponde a 13,26% da população total de Santa
Catarina.
Acompanharam
o ato, o secretário-adjunto da Segurança Pública, delegado Aldo
Pinheiro D’Ávila; comandante-geral da Polícia Militar, coronel PM Paulo
Henrique Hemm; delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Marcos Ghizoni,
entre outros.
Colombo
e o ministro visitaram ainda as obras de construção da nova sede da
Segurança Pública, na Capital, que vai abrigar todas as instituições
vinculadas ao sistema. O prédio está sendo construído na Avenida Ivo
Silveira, no bairro Capoeiras, em uma área total de 29 mil m². A obra
está orçada em R$ 80 milhões, sendo R$ 65 milhões com recursos do Pacto
por Santa Catarina e R$ 15 milhões com verba própria da SSP.
Três
torres formarão o Complexo de Segurança Pública, que abrigará os
comandos da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar,
Instituto Geral de Perícias (IGP) e Detran. Atualmente, a administração
da Segurança Pública está espalhada por 19 pontos na Capital, o que
compromete a integração das ações, a comunicação entre as instituições e
o atendimento à comunidade.
Saiba mais sobre o PMSC Mobile
O
projeto PMSC Mobile é uma parceria com a Secretaria de Segurança
Pública e a Companhia de Informática e Automação do Estado de Santa
Catarina – Ciasc . A solução é composta por um tablet com um aplicativo
específico e uma impressora térmica portátil, que serão utilizadas no
policiamento motorizado em viaturas equipadas com o kit de tecnologia
móvel. Nas demais modalidades, como por exemplo, o policiamento a pé,
montado ou bike, policiais militares farão uso de um smarthphone e da
mesma impressora portátil disponibilizada nas viaturas.
O
programa conta com diversas ferramentas que auxiliam no atendimento da
Polícia Militar. Uma delas é a visão espacial, que permite o
gerenciamento de ocorrências, indicando onde estão posicionadas as
viaturas e ocorrências em andamento.
Outra
é o chat, que propicia a comunicação entre policiais militares através
do WhatsApp. A verificação de placas e as providências de trânsito, que
antes levavam cerca de quatro a cinco minutos para serem adotadas, hoje
podem ser feitas em menos de um minuto, melhorando assim a produtividade
e garantindo a pronta resposta que a comunidade necessita.
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