Florianópolis (03.01.2013) - O número de homicídios dolosos – com intenção de matar - em Santa Catarina em 2012 teve uma redução de 4,08% no comparativo com 2011. Foram registrados no Estado, de 1º de janeiro a 31 de dezembro, 759 assassinatos contra 767 no mesmo período de 2011. A taxa de homicídio por grupo de 100 mil habitantes ficou em 11,6 mortos
As informações constam em documento organizado pelo Núcleo de
Geoprocessamento e Estatísticas, da Diretoria de Informação e
Inteligência da Secretaria da Segurança Pública (SSP), e entregue na
manhã de hoje (3) ao secretário de Estado da Segurança Pública, César
Augusto Grubba.
As cidades de Florianópolis e Joinville foram as que registraram o
maior número de crimes: 57 na Capital e 63 em Joinville, números
inferiores aos de 2011 (clique aqui e confira relatório dos homicídios em SC) O índice de resolução chegou a 52,61%. Santa Catarina registrou homicídio em 132 cidades, de um total de 293 municípios, sendo que em 54 delas ocorreu apenas um assassinato. Dos 759 assassinatos 87,50% das vítimas são homens e 12,50% mulheres.
Os estudos e análises sobre homicídios em Santa Catarina confirmam
que a maior parte dos crimes envolvem indivíduos com antecedentes
criminais, seja na condição de suspeito, autor ou vítima. “O fenômeno da
reincidência delitiva é fator preponderante para o aumento dos crimes
de homicídios”, completa o secretário César Augusto Grubba.
Em paralelo correm outros fatores igualmente relevantes, tais como o
uso e o tráfico de entorpecentes, sobretudo em decorrência da expansão
desenfreada do consumo de crack. Há também outros motivos que contribuem
para essa reincidência como, por exemplo, desagregação familiar,
crescimento urbano desordenado, favelização, aumento populacional, baixa
escolaridade e déficit habitacional.
Ainda de acordo com o documento, o crime de homicídio doloso em Santa
Catarina é cometido, expressivamente, por arma de fogo, tendo como
motivação a desavença e o tráfico de drogas e acontecem, em sua maioria,
em via pública e de forma secundária na residência da vítima.
Os assassinatos acontecem principalmente nos finais de semana. Para
os policiais, a maior incidência de homicídios nesses dias se explica
pelo consumo de drogas e álcool, que funcionam como desencadeadores de
comportamentos violentos, bem como a presença das vítimas em suas casas.
Os assassinatos acontecem com mais relevância no período compreendido
entre 18 horas e meia-noite.
Este ano, o mês de julho foi o que registrou o menor número de
homicídios dolosos desde 2010. Foram 48 casos. Para o secretário, o
somatório de esforços das forças de segurança e as ações integradas das
polícias Civil e Militar têm garantido a continuidade e o
aperfeiçoamento das políticas de prevenção e repressão.
De acordo com secretário, os números mostram que os homicídios estão
mantendo curva tendente à redução. “Muitas pessoas desconhecem, mas este
ano, em nosso Estado, estamos com 161 municípios com “homicídio-zero”,
ou seja, 54,95% de nossas cidades não têm registro de crimes de
assassinato”, destaca Grubba.
Na Capital redução foi de 33%
O ano de 2012 fechou com diminuição de cera de 33% no número de
homicídios registrados, em relação ao ano anterior. No total, foram 61
homicídios consumados, enquanto em 2011 foram 93 casos registrados. O
levantamento foi feito pela Delegacia de Homicídios de Florianópolis.
Outro dado interessante é o índice de resolução dos homicídios, com
definição de autoria, motivação e materialidade. De acordo com o
Delegado Ênio Mattos, coordenador da Delegacia de Homicídios da Capital,
dos 61 casos registrados, 42 já estão elucidados, o que representa um
índice de resolutividade de 68%. “Apesar disso, as investigações dos
outros 19 casos prosseguem, e podem elevar ainda mais o índice de
sucesso na elucidação das mortes violentas na Capital”, disse.
Quanto às motivações dos homicídios, o tráfico de drogas e as brigas
ou desavenças ainda configuram em primeira posição e estão empatadas,
sendo responsáveis pela causa de 36, das 61 mortes registradas; 18 casos
são referentes ao tráfico de drogas e outros 18 a rixas ou desavenças
pessoais. Já as reações a roubos ou assaltos foram responsáveis por seis
mortes na Capital.
Nas mortes registradas no ano passado, a arma de fogo foi o principal
artefato utilizado, configurando em 69% dos casos, com faca foram 11%. O
uso de instrumentos diversos como tesouras, objetos pontiagudos ou
asfixiantes representou 13% dos casos. Neste ano, até o momento, uma
pessoa foi morta a facadas nos Ingleses, na Capital, depois de um
desentendimento entre amigos. O fato aconteceu por volta das 11 horas do
dia primeiro. O autor dos golpes já foi identificado e o caso está
elucidado.
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