Florianópolis (28.05.2012)
- O governador Raimundo Colombo, acompanhado do ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, e do prefeito de Florianópolis, Dário Berger,
assinou na última sexta-feira, dia 26, decreto que institui no Estado o
programa "Crack, é possível vencer." O documento serve para que Santa
Catarina consiga suprir uma série de pré-requisitos para a adesão formal
ao plano federal que leva o mesmo nome. Com a medida, o Estado deve ser
o quinto a aderir ao programa que visa estruturar estratégias para a
redução do consumo da droga – a média da tramitação para inclusão no
programa é de cerca de um mês. "A integração dos esforços é de fato um
exercício fundamental para o sucesso desse trabalho. A droga é a
escravidão do nosso tempo. Lutar contra ela é uma ação humanitária",
afirmou o governador.
As ações desenvolvidas entre técnicos
do município, Estado e Governo Federal prevêem a abertura de cinco
novas unidades de acolhimento, duas delas voltadas exclusivamente para
crianças e adolescente. O plano deverá colocar dois Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS) para funcionar durante 24 horas e acrescentar ao
sistema atual de tratamento de dependentes da droga mais 30 leitos para
adultos e 16 para o tratamento de crianças e adolescentes em hospitais
da região.
Os profissionais estavam reunidos
desde à tarde de quinta-feira, dia 24, e apresentaram o trabalho às
autoridades no evento na sexta-feira. “Enfrentar o crack é uma exigência
dos brasileiros, do espírito público deste país. E aqui se unificam a
vontade política e os esforços”, declarou o ministro. Na área da
Segurança, estão prevista quatro unidades móveis de polícia comunitária
e, para setembro, a entrega dos equipamentos para realizar esse
policiamento diferenciado.
A solenidade teve como intuito
apresentar os resultados dos dois dias de reuniões de quatro áreas de
atuação - Saúde, Assistência Social, Justiça e Segurança Pública - em
três níveis de poder: município, Estado e União. "Com a responsabilidade
de todos, vamos derrotar esse problema", disse o ministro da Justiça. O
prefeito de Florianópolis, Dário Berger, destacou que a integração das
ações é um passo concreto para encontrar uma solução a esse problema. O
primeiro plano é Florianópolis contribuir para lançar as bases para o
programa na região metropolitana e atender uma população de até um
milhão de habitantes.
- Alguns países já deram a batalha
como perdida, o Brasil não. Construímos ações integrais de combate a uma
epidemia que está assolando o país e, hoje, temos um caminho a ser
seguido para vencer essa epidemia, disse o secretário de Assistência
Social, Trabalho e Habitação, João José Cândido da Silva. O secretário
explicou que a proposta ainda não tem valor definido por ser um trabalho
intersetorial que envolve mais de um ministério, mas que os
investimentos vão crescendo até 2014. Para Cândido, o diferencial das
ações é colocar o dependente químico sob a atenção da saúde, do
tratamento da dependência e de um trabalho para a sua ressocialização.
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