segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Cúpula da Segurança diz que mortes em Joinville estão relacionadas à disputa com tráfico de drogas

Florianópolis (07.12.2015) - O Secretário-Adjunto da Segurança Pública, delegado Aldo Pinheiro D’Avila, anunciou nesta segunda-feira, 7, uma força tarefa de inteligência dos órgãos de segurança para atuar em Joinville e investigar os sete homicídios ocorridos na madrugada de domingo. O anúncio foi feito durante entrevista coletiva, na sede da Segurança Pública, em Florianópolis, e contou com a participação do comandante-geral da PM, Coronel Paulo Henrique Hemm, do Delegado Geral da Polícia Civil, Artur Nitz, e do comandante da 5ª região da PM, Benevenuto Chaves Neto.

D´Avila informou  que foi feita uma reengenharia dos efetivos em Joinville, especificamente da Polícia Militar e também um reforço de efetivo em relação à Polícia Civil para uma forte investigação em relação às ocorrências do final de semana.

De acordo com o Secretário Adjunto, nenhuma linha de investigação é descartada, mas a polícia trabalha com a possibilidade de uma disputa entre grupos criminosos por pontos de drogas. “A investigação está em curso e qualquer conclusão é prematura”, afirma ele.

O comandante da 5º região da PM, Benevenuto Chaves Neto, destacou também que é o início da investigação e que ainda nada pode ser afirmado. “A princípio os indícios levam a crer que é uma guerra entre quadrilhas por disputas de espaço por tráfico de drogas, justamente porque das sete vitimas, seis têm passagem pela polícia”, informou.

Chaves salientou que em Joinville a Polícia Militar, desde ontem fez um replanejamento de ações para que possam alcançar as áreas afetadas sem desguarnecer outras. “Vamos atuar de forma preventiva e repressiva. Preventiva com a presença de policiais e, repressiva por meio de barreiras, blitz e batidas em locais em que haja suspeitas da presença de marginais’, completou.

O delegado geral da Polícia Civil, Artur Nitz, disse que uma equipe da área de inteligência está em Joinville para dar apoio às investigações conduzidas pela Polícia Civil. São sete policiais, um delegado, um escrivão e cinco agentes que trabalham no caso.

Uma das vitimas ainda não foi identificada. Quatro são de Santa Catarina e três de outros Estados. “Eu acredito que em breve já tenhamos informações mais contundentes a respeito do ocorrido”, destacou Nitz.

Com os sete homicídios, o número de assassinatos na maior cidade do Estado chega a 110.  Soma-se a isto mais quatro latrocínios e outros seis vítimas de confronto policial. No total são 120 mortes violentas registradas em Joinville desde o início do ano. 

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