Equipamento proporciona mais segurança e permite treinar policiais com economia, redução de custos e preservação ambiental
Florianópolis (28.01.2014)
- Santa Catarina será o primeiro Estado do Brasil a adotar um simulador
virtual de tiro móvel para treinamento policial e de segurança. Montado
em um caminhão, o avançado equipamento, inédito em todo o mundo, será
apresentado nesta quinta-feira, 30 de janeiro, ao governador do Estado,
Raimundo Colombo, e ao secretário da Segurança Pública, César Augusto
Grubba, em cerimônia a ser realizada no Centro Administrativo de
Governo, a partir das 18h30. Posteriormente, em solenidade marcada para o
teatro Pedro Ivo, acontece a formatura de 120 alunos nos cursos de pós
graduação em gestão em Segurança Pública e Inteligência Criminal.
O simulador móvel utiliza a tecnologia
de Sistema Virtual de Tiro e faz parte do Projeto Escola Itinerante para
capacitação na disciplina de tiro policial, fruto de uma
parceria/convênio da Secretaria de Estado Segurança Pública (SSP) com a
Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP). Será utilizado para a
formação de policiais civis e militares e treinamento de legítima
defesa, técnicas e táticas policiais, sobrevivência e direitos humanos.
O caminhão-escola da SSP foi
desenvolvido pelas empresas Federal Defender BR, Athos Brasil e Taurus,
representa investimentos de R$ 1,2 milhão e vai proporcionar mais
segurança e permitir treinar policiais com economia, redução de custos e
preservação ambiental.
O primeiro simulador virtual de tiro é
uma sofisticada unidade de exercício de defesa e ataque que permite o
treinamento simultâneo de até 12 atiradores. Montada em um caminhão Ford
Cargo com carroceria tipo Baú com 11 metros de comprimento, possui três
simuladores instalados, além de central eletrônica para gerenciamento,
acompanhamento e registro das atividades dos profissionais.
É a primeira unidade móvel de simulação
virtual de tiro do mundo com esse conjunto de recursos para treinamento
de policiais. Embora instalado em um veículo com carroceria de 11
metros, os projetos para simuladores em unidades móveis são versáteis e
possibilitam a sua utilização em carrocerias de diferentes dimensões,
desde vans e furgões pequenos até micro-ônibus e carretas.
O equipamento a ser apresentado ao
governador e ao secretário da Segurança Pública permite realizar
intervenção virtual simulando desde um simples treino de tiro ao alvo
até complexas operações, como invasão de um cativeiro com reféns,
interceptação de assalto a banco ou a retomada de um navio ocupado por
terroristas.
O projeto, que deverá percorrer todo o
Estado de Santa Catarina, tem a missão de fornecer treinamento de alto
nível para as polícias militar e civil, além de contribuir para a
modernização dos recursos da área de segurança pública e o aprimoramento
profissional. Tem também o objetivo de “salvar vidas” com a premissa de
que um policial bem treinado, além de preservar a sua vida e a do
opositor, terá condições de evitar acidentes, especialmente os
provocados por balas perdidas registrados em ocorrências policiais.
Equipamento inédito
O tenente-coronel da Polícia Militar de
Santa Catarina, Claudio Gomes, Diretor de Formação e Capacitação da SSP,
é um dos responsáveis pelo projeto com base em equipamentos semelhantes
utilizados nos Estados Unidos. “Com o simulador, após se formar na
academia militar, os policiais poderão fazer testes de reciclagem
periodicamente, com total segurança. Atualmente, em treinamentos, cada
policial realiza a média entre 500 e mil tiros, com naturais riscos de
acidentes, além de comprometer o meio ambiente, pela contaminação
provocada pelo chumbo e outros elementos químicos presentes nas
munições”, explica.
Com a eliminação do emprego de munição
real, o programa de treinamento virtual elimina a probabilidade de
acidente, assim como permite grande economia. Com o uso de munição real,
um programa que envolva um milhão de tiros tem custo aproximado de R$ 3
milhões, enquanto nos exercícios pelo simulador, que substitui o
emprego de munição, contribui drasticamente para a redução de custos o
valor é reduzido para cerca de R$ 1.000,00.
Além disso, o equipamento impede
integralmente a probabilidade de incidentes com bala, pela adoção de um
sistema de ar comprimido. Outro aspecto importante é que, por ser
itinerante, o simulador, também elimina os gastos com o deslocamento,
munição e estada dos policiais para a realização de um programa de
treinamento de rotina.
Da mesma forma, o tenente-coronel
Ricardo Freitas, também da Polícia Militar de Santa Catarina, explica
que o equipamento é fundamental no ensino e na aprendizagem das
polícias. “Portar uma arma é de extrema responsabilidade. Com o
equipamento, podemos fortalecer os conceitos de repetição, associação e
regularidade, que são fundamentais para a polícia”, acrescenta.
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