segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Em coletiva de imprensa, Estado apresenta as ações no enfrentamento aos ataques criminosos em Santa Catarina


Florianópolis (06.10.2014) - Foi apresentada, na manhã de sábado, dia 4,  uma série de ações para combater os ataques criminosos no Estado a partir da operação “Brasil Integrado, Bravo Cidadão”. Uma das iniciativas foi a chegada de soldados da Força Nacional de Segurança para apoiar a ação e atuar, especialmente, junto às polícias Federal e Rodoviária Federal. 


O anúncio foi feito pelo governador em exercício Nelson Schaefer Martins e pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, durante entrevista coletiva, no quartel do Comando-Geral da Polícia Militar de Santa Catarina, em Florianópolis. Conforme o ministro, toda a estrutura do Governo Federal está disponível. “Por meio dessas integrações, podemos enfrentar as organizações criminosas. Não posso dar mais detalhes sobre a operação que iniciou em Santa Catarina, nem o tamanho do efetivo da Força Nacional, mas se for necessário podemos aportar mais homens, inclusive das Forças Armadas. Tenho absoluta certeza de que, juntos, atacaremos frontalmente as organizações criminosas.”


Na madrugada de sábado, 4, uma mobilização da Polícia Militar e do Departamento de Administração Prisional (Deap) realizou a transferência de 21 detentos vinculados a facções criminosas para penitenciárias de outros estados. Dentro da operação, está ainda uma forte fiscalização em meio terrestre, aéreo e marítimo, além da chegada de novos equipamentos de segurança ao Estado, como o scanner que permite verificar plenamente o interior dos veículos.   


Quanto às fiscalizações, o ministro destacou que a operação vai fazer um cinturão para fechar o Estado de Santa Catarina, impedindo que armas e drogas entrem no Estado.


O governador em exercício disse que “todos nós sabemos que uma situação como essa não pode ser enfrentada sem a tomada de medidas drásticas, urgentes e eficazes. Estamos fazendo a integração de forças e vamos ser firmes no combate”.


Cardozo ressaltou ainda que as condições do sistema penitenciário catarinense melhoraram e defendeu que essa integração entre as forças policiais do Estado e do Brasil deve ser permanente para que as ondas de violência não sejam recorrentes e as organizações criminosas sejam desarticuladas de forma definitiva. “O crime organizado não será mais forte que o Estado Brasileiro. A ordem tem que ser respeitada e nós vamos agir com muito vigor para que isso ocorra”, conclui.


Para auxiliar nas ações de fiscalização, o governo do Rio Grande do Sul cedeu um helicóptero com câmara avançada que vai ficar no Estado o tempo que for necessário. Os ataques criminosos começaram na sexta-feira, 26 de setembro, em Santa Catarina. Mais de 50 pessoas foram detidas por participação nos atentados.


Os soldados da Força Nacional de Segurança chegaram em Santa Catarina por volta da 1h30min de sábado. Eles auxiliaram na transferência dos presos, que saíram de várias unidades prisionais de Santa Catarina. O avião que levou os detentos para penitenciárias federais decolou por volta das 8h30min de Florianópolis.


Também participaram da coletiva, a secretária nacional de Segurança Pública; Regina Miki, secretária Especial de Recursos Humanos, Ideli Salvatti, os secretários de Estado da Segurança Pública; Cesar Grubba, da Justiça e Cidadania, Sady Beck Jr., da Comunicação, João Debiasi. Outras autoridades da Segurança Pública também estiveram presente, como o delegado-geral da Polícia Civil de SC; Aldo Pinheiro d'Ávila, comandante-geral da Polícia Militar de Santa Catarina; coronel Valdemir Cabral, superintendente da Polícia Federal, Silvinei Vasques; diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Coimbra, diretor-geral do Depen, Renato de Vitto, e diretor do IGP, Rodrigo Tasso.

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