Florianópolis (1º/02/2013)
- O Governo do Estado anunciou uma série de medidas de enfrentamento
para coibir os ataques criminosos que, desde quarta-feira , 30/1,
deixaram um saldo de 13 ocorrências com a destruição de sete ônibus e
ataques a unidades policiais. Duas pessoas já foram detidas. No final da
tarde de hoje (1º/2), em coletiva à imprensa, ficou definido que o
policiamento será reforçado em áreas já identficadas como possíveis
alvos. A sala de situação, que funciona no Comando Geral da Polícia
Militar, foi ativada e os efetivos militar e civil foram mobilizado em
todo o Estado.
As autoridades creditam estes novos
ataques ao recrudescimento do trabalho policial, principalmente no
combate ao tráfcio de drogas. Aliado a isso outro fator é o
endurecimento de ações dentro do sistema prisional, como o corte de
regalias, as prisões efetuadas no curso das investigações da morte da
agente penitenciária Deise Alves e cumprimento da Lei de Execuções
Penais.
O secretário de Estado da Segurança
Pública, César Augusto Grubba, reafirmou que a nova série de ataques é
resultado de uma ação forte e efetiva dos organismos de segurança
contra o crime. Ele destacou a ação integrada das agências de
inteligência do Estado com o apoio de órgãos federais como Polícia
Federal, Agência Brasileira de Inteligência e Exército. Já o Delegado
Geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro D'Ávila, confirmou que há
indícios de que a ordem para os novos atentados partiu de lideranças de
uma facção criminosa que atuam dentro e fora do sistema prisional.
O Comandante Geral da Polícia
Militar, Coronel PM Nazareno Marcineiro, confirmou que a corporação irá
fazer a escolta dos ônibus para coibir novos ataques. O Comandante
também determinou uma série de medidas de reforço no policiamento e
confirmou que unidades como BOPE, Cavalaria , Batalhão de Choque e
Canil estão de prontidão para agir quando necessário.
Já diretor do Departamento de
Administração Prisional (DEAP), Leandro Lma, afirmou que a rotina do
sistema não foi alterada. Ele não credita que os ataques tenham sido
praticados após a transferência de um preso do Complexo Penitenciário
de São Pedro de Alcântara para Criciúma “Realizamos uma média de 20
transferência por dia em todo o sistema. Quero crer que não tenha sido
este o motivo para esta nova onda de atentados”, completou Leandro.
Ele também citou um relatório que
mostra que o índice de evasão de Santa Catarina é o menor do país.
“Apenas 4,3% dos cerca de 1,2 mil presos que cumprem pena em São Pedro
de Alcântara não retornaram dos seus benefícios de regalia”, disse o
diretor. . Leandro também falou sobre os 172 convênios firmados entre a
Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania com a iniciativa privada
que permitiiram que 56% da massa carcerária cumpram suas penas
trabalhando.
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